segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Falta algo

Sinto-me apunhalado no nervo da vida
pagam-me alto preço num santo absurdo
encostado numa sombra vazia
Deito no colo do mundo.

Na arte que desanda na beleza
é o coração que bate no morto.
É em vão querer e não ter
Meus olhos murcham de tristeza.

É a música vista sem ter quem a escute
é sonhar com o carro andante e ficar parado
É a canção do mudo
É a tristeza do cantor rouco.
O estudo do ano inteiro reprovado no fim de ano.
A borboleta sem asa
O beija-flot que dorme
As mãos quebradas do pianista
Ver a chuva e ela não molhar minha terra
A árvore que não dá seu fruto
A saudade que não é matada
Ter sono e quando dormir ter insônia.
Sim, a mulher bela sem o seu amado
O lixo jogado ao lado do lixeiro.

Ser feliz é ter meu amor ao lado
é debalde viver e não tê-lo comigo
É como uma vila sem morador
O músico sem seu instrumento
O rádio sem pilha, o celular sem chip.

É como alguém que não mais gosto
E agora gosta de mim.
É como o circo sem o palhaço
A criança sem o sorriso
é Igual as águas do mar, imensa, mas salgada.

Enfim, todas as coisas precisam de outras para se tornarem vivas
Eu, porém, só preciso de você para ser completo.

Ambiguidade

Sentir o nada é mesmo que tudo.
Não ter pena e nem amor,
é apenas desejo, ardor...
tristeza e alegria, um absurdo.

Sabes quem sou?
A última que soube morreu
a tristeza e o ódio invadiu a alma
e ficou morta em pura calma.

A minha liberdade me chama,
porém minha paixão me imperra
não dar amor a quem me ama
maior ingratidão da terra.

Saber que o sabor me tornou insípido
teu amor e lutas para me conquistar
o teu esforço para minha vida.
Sabida foste, porém ficou dolorido.

Entrar no momento da volta
Fazer de ti minha sina
Retornar ao amor
e fazer da tristeza rotina.

Calar-se quando se há erros
gritar ocultamente os desejos
abrir a vida indispliscentemente
sumir quando está presente

Alma ausente

Acordar e olhar o futuro,
mais uma vez o mundo espera.
Vou me lançar no absurdo?
Ou manterei a plena calma?

O vento frio não me deixa
o cobertor não me esquece
me sujei pelo prazer
quero te esquecer

A alma ausente me entristece
mesmo pelo que fez
não tive ódio nem dor
ela apenas não chegou

o que fiz, senão calar
ela nem sabe quem sou
mas por ela eu morro
seja como for

Não nem ninguém
ou alguém que me ame
Só penso em você
Mesmo que me engane

Te quero, meu coração
vem pra minha vida
me esina a esquecer
mas não me deixa sofrer